Omnívoros: 86
Anca Poiana é hoje uma grande enóloga e agregadora de terroirs. Conheci-a na sua fase mais experimentalista, quando ainda estava nos anos verdes da sua brilhante carreira enquanto produtora de vinhos e já então procurava vinhas velhas na sua região (Tomar) para construir o matizado de expressões e matizes que tinha dentro da alma. Este vinho representa muito desse labor que incessantemente a fazia sair de casa em busca das uvas ideais. Quem acha que vai encontrar terpenos e pirasinas que sempre tivemos como típicas na casta Cabernet Sauvignon, desengane-se. Aqui há equilíbrio, balsâmicos e vagens verdes, mas ligados a uma matriz mineral e não às prisões vezeiras que encontramos pelo mundo. Fermentou em inox e fez a malolática com a vigilância desta sábia, resultando num vinho copioso e focado, taninos finos e bem domados. Prato: Arroz de pato.
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