sábado, 29 de agosto de 2020

Ensaio: Sopas, açordas e migas



O pão é a base destas três grandes declinações da cozinha tradicional portuguesa. Que nunca se nos acabe o pão bom, genuíno e regional.


“Às sopas chamam açorda e à açorda chamam-lhe migas”, ouve-se na catita forma de cantar de António Pinto Basto a letra genial de João Vasconcelos e Sá no “fado corrido”. É uma das muitas imortalizações da forma alentejana de cozinhar e comer. Talvez por isso se atribua à grande província do sul a criação matricial do assunto açordeiro. É de lá pelo menos que vem a maioria das suas rábulas, e é lá que o costume de enrolar migas no pingue da carne; de fazer o piso de alho, ervas e especiarias; e de produzir sopas sápidas a partir de ingredientes pobres; se mantêm vivos no quotidiano das populações, independentemente do estatuto social e económico. E, se o termo açorda vem do árabe “tarid”, por sua vez declinação moderna de “ath-thurdâ”, já sopa só tem explicação no léxico germânico, derivando da palavra “suppa”. Com pequenas diferenças, ambas querem dizer o mesmo, mas exprimem realidades totalmente diferentes. A primeira é obviamente mediterrânica, enquanto a segunda é continental. Nada mais nada menos que duas das três grandes influências da cozinha portuguesa, só falta a atlântica, que responde contudo à chamada no capítulo dos caldos e proteínas. Uma açorda de camarão feita à boa maneira portuguesa pode levar caldo de caras de bacalhau, além do coado de de cozedura dos ditos e liga bem a amálgama de pão de véspera que se fez passar pelo alho e azeite. Início de conversa a raiar a turbulência, e já estamos onde devíamos ter começado: no pão. É que sopa, etimologicamente, puxa o ensopado e o pão em caldo, em alemão arcaico quer mesmo dizer “pão embebido em líquido”. Açorda dá automaticamente conteúdo semântico ao pão, desde que devidamente aromatizado e fervido de forma aturada. Migas é um termo que advém do verbo migar, cortar pequenino, esfarelar, e tem também o pão como objecto essencial. Agucemos o faro e vamos lá sair de casa ver o que é dele.


Pão, rei e senhor da açorda


Andamos de Norte a Sul e encontramos lá bem em cima, nos cocurutos da portugalidade, a Sopa Seca à Minhota. Vaca, presunto, galinha, couves daquelas. Os dois primeiros, duas horas a fervilhar em água, as duas últimas uma hora mais, dentro do caldeirão onde jazem os outros. Gasta-se mais uma hora de quentura com cebola e batata que se junta, depois 30 derradeiros minutos para cozer ali também toucinho, salpicão e tomate. Escorre-se tudo, faz-se num recipiente de ir ao forno um fundo de pão de véspera – cá está ele – colocando-se em camadas as peças que se foram cozendo. No final, cobre-se com fatias do mesmo pão e rega-se com o caldo bem quente, até ficar tudo ensopadinho. Forno brando com ele até tostar o pão e está pronta a servir a que se chama sopa seca, que quem conhece reputa de deliciosa. Interrogamo-nos todos acerca do papel do pão neste cozinhado e que tem isto a ver com o tema, mas depois de pensarmos na interacção do caldo com o amido do pão e apuramento da consistência, temos o grande paradigma construído e mais, temos um prato que será tão bom e saboroso quanto mais genuíno e bem feito for o pão. Viajamos para o interior, ainda lá em cima, e entramos em Trás-os-Montes, terras fria e quente, berço de muitos sabores portugueses. Clama por reconhecimento a assinatura berbere nas casas e costumes transmontanos, ao mesmo tempo que se lhes dá cada vez esse perfilamento. As açordas são seculares nestas paragens e nelas se emprega o pão fatiado em camadas, depois regado por um caldo de conteúdo copioso. Na Açorda de Espargos Bravos, vaca, galinha, presunto e salpicão são sacrificados por ordem para dentro da panela fervente, onde já se refogou em azeite cebola às rodelas. A cozinha portuguesa tem esta glória de a partir de fundos muito semelhantes criar sabores totalmente originais. Dura pouco mais de meia hora a cozedura das carnes e a criação do caldo que vai fazer a diferença. As pontas de espargos depois de estar apurado e cozem por meia hora dentro da remessa aquosa. Arrefece, metem-se-lhe dentro duas gemas cruas e mexe-se para não cozer. Numa terrina funda coloca-se o pão, espargos, carnes e de novo o pão, depois o caldo por cima, e forno com a coisa, regando-se com azeite a ferver. Quanto estiver tostado, está pronta a açorda.

As beiras são a um tempo espartilho elegante e filtro exigente, no tocante à tradição da sua mesa. Varrem Portugal de lés-a-lés, variando a proteína dos seus pratos. O bacalhau é consensual nesta ginástica geográfica e há muitas e variadas açordas. Na de Bacalhau com Tomate, começamos com um refogado de uma boa  posta do fiel amigo sobre um refogado com muita cebola que, alourando, dá sinal para se retirar o tacho do lume. Já se vê que o bacalhau ainda só lasca e é isso que se lhe faz, extraindo-se ainda a pele. Espinha também não passa. Lascas para dentro da cebola, com lume médio que não queremos comer palha – será o caso se passarmos demais o bacalhau -, calda de tomate e um pouco de água. Liga-se mexendo e apura-se até ganhar gostinho gostoso. Depois, fatiazinhas do pão do bom, caseiro, a empapar no tacho. Finalmente, ovos bem batidos vertidos sobre a panzinada, mexer com certeza, evitando que cozam e ala para a mesa, para apanhar tudo no ponto certo. Escapam-nos aqui muitas nuances e açordas de outras coisas, abundantes e únicas das beiras, mas que nos reserva a vida senão aquilo que não conseguimos. Descemos e tendemos para poente até pressentir o mar, na zona de confluência do Ribatejo com a Estremadura. Temos terras lindas como Óbidos e saborosas como as Caldas da Rainha, criação de porcos e capoeira diversa, além de uma forma de cozinhar que já nos coloca na charneira com o Alentejo. Landal é terra próxima de Caldas e dá nome a uma das mais notáveis açordas do nosso país. Dá pelo nome de Açorda de Carne Frita à moda do Landal e consta de açordar um conjunto de carnes de porco, lombo e entrecosto, que após um terço de dia numa espécie de vinha de alhos, se leva a fritar na própria gordura, à maneira do torresmo. Mexe-se tudo com uma colher de pau e salta ovo batido para dentro. Esta açorda é tanto melhor quanto mais atrevidos formos, devendo utilizar-se, para o sabor supremo, carne da cabeça. Esta, como as outras, aligeiram se tivermos à mão hortelã, poejo ou coentros.


No sul açorda-se bem


O Alentejo tem inúmeros pratos de tradição e todos eles se recusam a deixar o sabor e prazer em mãos alheias. Ao mesmo tempo, é vastamente conhecida a simplicidade dos seus processamentos culinários. No capítulo da cozinha que agora tratamos, as Migas Gatas devem ser o exemplo mais impressionante. É, pelo menos, o mais inefável. Fundamental fatiar bem fininho o pão duro que depois se acama no fundo de um tacho. No almofariz produz-se um piso com alho e sal grosso, distribuíndo-se sobre o pão. Depois água no limiar da fervura, e dá-se tempo ao preparado com a tampa posta, lume apagado para ensopar bem. Faz-se uma cova no centro da papa entretanto formada onde se verte o azeite. Reacende-se o lume que se mantém sempre brando e com a colher de pau vai-se andando à roda como se fosse para moldar uma bola. Quando está feita e se mantém por si aproximadamente esférica, então as migas gatas estão prontas. Companhia abençoada para bacalhau assado. O Algarve é o Algarve e por incrível que pareça é onde muita da nossa atenção devia estar. Tem várias açordas, todas belas e prazeirosas, a melhor é talvez a Açorda Algarvia. Num pouco de água ao lume coloca-se conquilhas, amêijoas e demais bivalves que nos apeteça incluir. Essa água é depois utilizada para cozer camarão e mais tarde vai servir para abafar um refogado puxado que entretanto se faz. Junta-se o pão fininho juntando-se o miolo de bivalves, camarões e coentros bem picados. Finalmente, ovos batidos e toca a mexer.

Até a Madeira e os Açores dão um ar da sua graça e pelas ilhas, todas elas, não há quem não saiba a que sabe uma açorda, além de que se produz em todos os lares. A que se pode considerar Açorda Madeirense leva milho cozido, segurelha, batata doce e malagueta, e pão é de trigo, endurecido por 3 ou 4 dias. O pão é cortado em cubos antes de ser integrado no caldo. A Sopa Azeda do Faial é ainda mais contundente e tal como a parente madeirense, foi feita para suportar a míngua. Entra feijão, batata doce, batata normal e muito pão de véspera. Está visto que é pelo pão que vamos. Mesmo que nos falte tudo, que haja sempre açorda.



sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Vinho: Quinta da Fonte Souto Florão Alentejo branco 2019 (13,5%) | Symington



Classificação Omnívoros: 82

PVP: 10 euros

Arinto (50%) e Verdelho (50%). Vinhas nas encostas da Serra de S. Mamede, Portalegre. Cor amarela dourada. Aromas de ameixa branca e abacaxi, orlados por impressões mentoladas e de malmequeres. A boca é equilibrada em todas as fases, comprimento médio, a terminar acídulo, com notas de raspa de lima. Prato: peixe grelhado na brasa.

Vinho: Valle Pradinhos Trás-os-Montes rosé 2019 (12%) | Maria Antónia Mascarenhas



Classificação Omnívoros: 86

PVP: 6 euros

Tinta Roriz e Touriga Nacional. Cor de pétalas de rosa. Aromas cítricos e florais, a evocar raspa de toranja e flor de laranjeira. Boca de mirtilos e ginja madura, a evoluir devagar e integrada, sem perder elegância, para um final de bagas de arbusto e chocolate branco. Prato: massa putanesca.

Vinho: Valle Pradinhos Reserva Trás-os-Montes branco 2019 (13,5%) | Maria Antónia Mascarenhas

Classificação Omnívoros: 88

PVP: 15 euros

Gewurztraminer, Riesling e Malvasia Fina. Cor amarela dourada. Nariz complexo, a mostrar líchias, toranja e rosas. Na boca revela uma frescura grande, resultado da boa sintonia da acidez com a estrutura, e na viagem no palato vamos descobrindo pimenta branca, ameixa madura e flor de laranjeira. Final longo e especiado. Prato: Arroz de costelas.

Opinião: A importância de ser restaurador


Estamos em plena era dos chefs, são muito poucos os que na juventude decidem ir formar-se para ser empregados de mesa e quase nenhuns a querer simplesmente ser restauradores, com tudo o que vem com a profissão. É no entanto aí que está o ponto fulcral da operação e êxito de um restaurante. Como é que se inverte esta tendência?


Sempre venerei as segundas linhas, assim como sempre me impressionaram mal as ribaltas prematuras. Penso que decorre da natureza de qualquer profissão exercida de corpo e alma, preferir o trabalho à fama, assim como procurar a excelência em todos os detalhes. A profissão de restaurador - o melhor termo que encontrei até hoje - é além do ponto de convergência de todas as funções na operação de um restaurante, a mais importante de todas elas. As atribuições mais importantes são justamente aqueles por que ninguém dá, à excepção de quem tem muitos anos de experiência na área. E essa é a primeira grande razão para a falta de vocações, bem mais grave que a falta de cozinheiros ou empregados de mesa.


Quando se pensa num restaurante a partir do zero, junta-se normalmente uma equipa de especialistas para trabalhar conjuntamente no projecto. Tenho visto e acompanhado alguns desde o início dos inícios, com reuniões em chão de cimento cru e pontos de água e gás a brotar do chão sem perceber exactamente para quê. Há um arquitecto que trata de layouts de sala, iluminação, cores e mobiliário, que trabalha - quase sempre mal - juntamente com um projectista de cozinhas de produção, que juntos vão engendrando um orçamento que nunca se fica pelos números previstos; excede duas ou três vezes o que se pensava. E foi sempre porque não existia a figura do restaurador. Do homem que não espera pelo parecer do arquitecto; antecipa-se-lhe e faz o programa - é assim que se diz - para o espaço. Culpa-se frequentemente o arquitecto pelos desmazelos encontrados na exploração de um restaurante, quando o que aconteceu foi simplesmente o programa não ter sido pensado por alguém com experiência de facto. A pessoa de quem falamos é a única que pensa em tudo, e a quem depois se pede contas de tudo, sobretudo erros. É quem tem o peso da responsabilidade. 


Quantas vezes aspectos triviais de conforto tais como ruído, som e reverberação só são olhados depois da abertura, com custos brutais acrescidos? E a qualidade do som, quem a pensou? É um de mil pormenores de que invariavelmente todos os envolvidos se demitem, dizendo simplesmente que ninguém lhes disse. É por isso que não só não é fácil ter um restaurante como não querendo entrar por essas especificidades é melhor nunca chegar a ter.

São muito raros os chefs que têm esta percepção global e ao mesmo tempo minuciosa das frentes de operação de um restaurante. Os seus conhecimentos quando muito são úteis na definição inicial da cozinha, copa e espaços adjacentes, e mesmo assim nem sempre têm conhecimentos suficientes para as decisões que tomam. A figura do gestor - restaurador - é muito importante, é uma espécie de timoneiro que sabe sempre para onde está o barco a ir. Fico sempre muito nervoso quando vejo um chef na televisão num daqueles programas que aceitaram fazer, a opinar sobre a luz, o conforto, os equipamentos e até a salubridade, muitas vezes sem saber bem o que estão a dizer. Digo isto porque infelizmente nem os aspectos culinários fundamentais estão bem dominados e às vezes é de deitar as mãos à cabeça, tal a impreparação. De nada adianta encenar - é de encenação que se trata - aberturas dramáticas de câmaras frigoríficas com tudo podre e o chef aos gritos para impressionar, até porque nesse ponto já não há nada a fazer, para além de deitar tudo para o lixo, limpar e repor stocks. Pelo menos tem solução; a falta de cultura de restauração não. E o meu pensamento enquanto estou a ver esses programas vai para os restauradores, proprietários, directores, chamem-lhe o que quiserem, que sustentam a verve e o topete com que os chefs falam em tom de julgamento. Acho que está tudo mal.


O bom restaurador é não só uma pessoa com experiência e solidez de conhecimentos, como também e principalmente um motivador. Enternece-me o carinho que vejo na forma como grandes profissionais da nossa restauração promover os que trabalham consigo. E na operação na sala é muito fácil perceber isso, sobretudo pela coreografia com que se movimentam, mas sobretudo pela empatia que revelam ter. O chef tem de estabelecer os standards de serviço de cada prato e isso tem de ser reavivado todos os dias, talvez até antes de cada serviço, o chef de sala tem de governar o trabalho todo de serviço e fluxos de trabalho, mas mesmo perante as brigadas mais brilhantes, a figura do nosso restaurador é determinante. Não há dois dias iguais e as pessoas não são autómatos; tem de existir o “middleman” para adaptar o serviço à sala, e a cozinha ao serviço. A formação é a um tempo a tábua de salvação de uma casa e a garantia de regeneração. Escolher dois ou três colaboradores e ir com eles a outros restaurantes, chamado-lhes a atenção para pormenores e puxando pelo seu sentido crítico para que vão dizendo o que lhes parece. Viajar é outro aspecto crítico que na medida do orçamento disponível deve ser posto em prática. Não há formação específica nas escolas de hotelaria para esta figura especial que afinal é aquela de quem falamos quando falamos das casas onde nos sentimos bem. Agora já sabemos como se chama: restaurador.

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Ensaio: Qual é o meu Porto favorito?

Percorremos os lineares dos supermercados, chegamos à zona dos vinhos e corre tudo mais ou menos bem, mas quando chegamos aos vinhos do Porto instala-se a confusão. Preços, estilos e marcas cuja lógica nos transcende, e não há quem nos socorra para nos ajudar na senda de pelo menos saber qual é o nosso vinho do Porto favorito. E se o exercício é difícil para si que é português, imagine a confusão para um não-iniciado de uma qualquer parte do globo! Mesmo assim, não desespere, deixamos-lhe um guia rápido com que pode desbravar a selva vínica e tirar o melhor partido da melhor bebida do mundo que é o vinho do Porto. Acreditamos que só pela leitura que lhe propomos rapidamente vai perceber a que grupo de fãs pertence.


Pink

O que se tinha como impossível acabou por se tornar uma das novidades mais telúricas de todos os tempos na longa, sustentada e ultraconservadora trajectória do vinho do Porto. Aconteceu pela mão da Croft - do universo Fladgate - em 2008 e logo muitos outros se lhe seguiram. O que tem este vinho de tão especial? É simples, festivo e está na moda. Graças a um processo complexo de produção, conseguiu-se a partir de uvas tintas um vinho do Porto super-aromático, pouco tânico e pouco extractivo, resultando numa coloração suave e aberta. Na boca é muito fresco e leve é dado a ser bebido on the rocks, integrado em cocktails ou simplesmente gelado.

Experimente com: leite-creme, gelado de morango ou cajus com wasabi.

Preço: €-€€




Branco


Estamos na única categoria de vinho do Porto em que por um lado a doçura - Extra Seco, Seco, Doce e Lágrima - é factor diferenciador, e por outro encontramos vinhos de graduação alcoólica relativamente moderada. É por isso um dos vinhos mais flexíveis de toda a gama. A Malvasia Fina é uma das castas nobres do Porto branco e está presente desde o séc. XII, pela mão dos monges de Cister Em S. João de Tarouca. Juntam-se-lhe Gouveio, Viosinho, Moscatel Galego e Rabigato.


Dry White - É o vinho em que se apoia a solução brilhante que é o Porto Tónico. Assume o lugar do gin no cocktail mais popular do mundo e tem conquistado adeptos em todos os mercados. Apesar da designação de “seco”, é um vinho doce, como todos os Portos, apenas é menos copioso. Trabalha bem na mesa petisqueira e é aperitivo de excelência.

Experimente com: bola de bacalhau à moda de Lamego, pêssego assado no forno ou presunto fatiado.

Preço: €-€€€


White Reserva - Tem doçura média a elevada e é muito intenso no sabor. É amigo da família e muito orientado para a doçaria tradicional. As casas nacionais têm no entanto vindo a disponibilizar vinhos surpreendentes, derrubando todo e qualquer preconceito. A arte do lote entre os grandes criadores de vinhos reserva-nos ainda muito para descobrir. O exame simples à translucência mostra por vezes ocres carregados, sinal da presença de vinhos muito velhos num lote, vale a pena o exercício. E a compra, claro!

Experimente com: conservas de peixe, queijos velhos de vaca ou chocolate de leite.

Preço: €-€€


Branco com indicação de idade - Temos de estar preparados para encontrar vinhos de qualidade máxima nesta categoria. 10, 20, 30, 40 anos são os mais comuns e a complexidade é impressionante em casas como a Andresen, especialista profunda em portos brancos velhos.  Curiosamente, o vinho do Porto branco e o tinto - tawny - aproximam-se na cor com o passar dos anos e nalguns casos a a elegância consegue ser superior à do próprio tawny.

Experimente com: torta de laranja, pão-de-ló ou chocolate praliné.

Preço: €€-€€€€



Ruby


Têm origem em castas tintas e envelhecem em garrafa, em ambiente redutivo. Preservam por isso a cor e a concentração, e estão ávidos por oxigénio. Na categoria suprema do Vintage, a experiência de abrir e decantar uma boa garrafa é inefável, só quem nunca experimentou fica indiferente. Cor normalmente retinta, aromas de fruta de arbusto, sabores muito fortes e pronunciados de compota, especiarias e minerais.


Ruby Reserva - Examinados à translucência, mostram reflexos rubi vivos e muito luminosos, quase funcionando como filtro de cor da luz que fazemos incidir neles, quase sem perda de intensidade. São lotes de vinhos de anos variados, idade mínima de 3 anos e alguns escondem pequenas quantidades de vinhos muito velhos ou muito especiais. O exame visual à luz revela por isso algumas vezes matizes mais evoluídos que a média, quase fazendo acreditar que estamos perante vinhos bastante mais velhos do que na realidade são.

Experimente com: bolo de chocolate, tarte de banana ou queijo de cabra curado novo.

Preço: €-€€


LBV - A sigla tem-se imposto, relativamente à designação por extenso de Late Bottled Vintage, e corresponde a um ruby de um só ano e mais pronto a beber, por ter mais tempo de envelhecimento em casco - 4 a 6 anos - até ser engarrafado. Há casas que se dedicam a esta categoria como seu produto de proa, por isso não deve em momento algum ser considerado menor em relação à oferta geral de vinho do Porto. Tem a virilidade e corpo dos grandes vinhos, com a grande vantagem de ser mais resistente à oxidação. A sua exposição mais oxidativa no período de estágio garante essa maior estabilidade. Nas nossas casas, traduz-se ainda em mais tempo disponível para o gozarmos.

Experimente com: Fondant de chocolate, Frutas cristalizadas cobertas de chocolate ou nougat de amendoim.

Preço: €€-€€€€


Single Quinta Vintage - Trata-se da categoria que é normalmente produzida em anos não-clássicos, ou seja, quando não há declaração generalizada de determinado ano de vinho do Porto. No entanto produtores como a Quinta do Noval ou a Quinta do Vesúvio, por exemplo, produzem todos os anos vinhos do Porto single quinta, pelo que uma vez mais não deve ser considerado um produto menos brilhante ou capaz. É uma expressão até mais fina de um terroir - solo e clima -, com marcas e características específicas. Envelhecem normalmente com muita elegância.

Experimente com: Chocolate com mais de 85% de cacau, queijo Serra da Estrela velho ou bombons com recheio de frutos vermelhos.

Preço: €€-€€€€


Vintage - É a categoria suprema de qualidade no domínio Ruby e é também a que tem uma espécie de bolsa de valores que os investidores e negociantes utilizam para estabelecer preços e tendências de consumo, tal a fiabilidade e qualidade da produção. Em anos clássicos, no espaço de apenas alguns anos após o lançamento o seu valor de mercado pode atingir 10 ou 20 vezes o preço inicial. Envelhece muito devagar justamente por estar engarrafado praticamente desde o início, o que o transforma num produto financeiramente estável.

Experimente com: Steak au poivre (em homenagem a Rolf Niepoort), chocolate 100% cacau ou queijo Stilton não pasteurizado.

Preço: €€€-€€€€€



Tawny


Tawny quer dizer “louro” ou “alourado”, e decorre da perda gradual de cor que vai acontecendo no desenrolar do processo longo de estágio em madeira, dito oxidativo. Ao contrário do que acontece na evolução do ruby com o tempo, mantendo estrutura, cor e corpo praticamente incólumes, um tawny vai abrindo nuances de cor, aroma e sabor que o tornam fascinante. É no tawny que está a essência clássica e tradicional do vinho do Porto. Associamo-lo aos grandes cascos de madeira e ao vinho que melhora com o envelhecimento, tanto que há tonéis com mais de 100 anos e que são autênticas relíquias. “Envelhecer como o vinho do Porto” é expressão bem portuguesa e corresponde a dizer que é um vinho eterno. Tradicionalmente, o vinho do Porto faz-se para os netos, ou seja, para duas gerações depois. Muito do seu charme está nessa função e valor de legado familiar.


Tawny Reserva - O estágio mínimo de três anos já altera estrutura mas muitas vezes não o suficiente para lhe dar a cor alourada que imaginamos. Junta-se à arte de produção de vinho do Porto uma outra, a arte da construção dos lotes. O resultado final, contudo tem boca doce, frutos secos caramelo e afins, enquanto o nariz é fresco e evocativo de compotas de framboesa e morango. Está tudo ainda por fazer mas o vinho já é bem agradável num final de refeição, a meio da tarde, quando não mesmo à refeição.

Experimente com: gelado de baunilha, biscoitos de manteiga ou marmelada.

Preço: €-€€


Tawny com indicação de idade - Reconhecemo-los facilmente pelos números 10, 20, 30 e 40 em destaque no rótulo e candidamente aceitamos os preços totalmente diferentes a que uns e outros são postos à venda. Muitos entram nas centenas de euros e estão marcados como 20 ou 30 Anos, ostentam 40 Anos no rótulo e estão à venda por umas dezenas de euros apenas. Um Sandeman 40 anos pertence ao colégio raro dos grandes vinhos do Porto e pode ser uma boa porta de entrada no universo superior dos tawnies. Na verdade, e como sempre, tudo se resume ao gosto de cada um. Mas não é menos verdade que o gosto também se educa.

Experimente com: tarte de amêndoa, pudim Abade de Priscos ou ovos moles.

Preço: €€-€€€€€


Tawny Colheita / Garrafeira - Tawnies de uma só colheita, envelhecidos de acordo com práticas de cada casa, normalmente ao longo de várias décadas. Nestes casos, deve procurar-se no rótulo a data de engarrafamento, para termos a correcta noção do que está dentro da garrafa e se isso está de acordo com o nosso gosto pessoal. Um colheita dos anos 50 engarrafado em 2010 tem pelo menos 50 anos de casco e cerca de 10 de vida em garrafa, pelo que devemos esperar tipicidade de vinho velho e copioso, enquanto um garrafeira - de que a Niepoort é a grande porta-estandarte - envelheceu em vasilhas de vidro e só depois foi engarrafado terá ainda notas vibrantes quase juvenis. Faz parte da beleza intrínseca dos grandes tawnies o que neles se nos oferece em modo descoberta. A grande glória do vinho do Porto.

Experimente com: Pastel de nata, pavlova de pêssego ou queijo São Jorge de 9 meses de cura.

Praço: €€€€-€€€€€


(Publicado no DN)

Vinho: Família Margaça Vinha do Furo Alentejo branco 2019 (13%) | Soc. Agr. Pias



Classificação Omnívoros: 80

PVP: 7 euros

Antão Vaz e Verdelho. Cor amarela forte e esverdeada. Aromas de lima e vagem de ervilhas. Na boca revela acidez bem controlada que ajuda a resolver as tonalidades verdes do vinho, às quais se junta abacate. Final médio e equilibrado. Prato: ervilhas com ovos escalfados.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Vinho: Família Margaça Reserva Alentejo branco 2018 (14%) | Soc. Agr. Pias



Classificação Omnívoros: 83

PVP: 11 euros

100% Antão Vaz. Maceração pelicular pré-fermentativa. Estágio 6 meses em barricas carvalho francês. Cor amarela dourada, nariz de abacaxi grelhado, noz moscada e flores silvestres. Na boca mostra ameixa branca madura, raspa de toranja e pimenta branca. Final longo, fresco e equilibrado. Prato: caril de gambas.

Vinho: Família Margaça Vinha do Furo Alentejo rosé 2019 (12,5%) | Soc. Agr. Pias



Classificação Omnívoros: 85

PVP: 6 euros 

Alfrocheiro, Trincadeira e Touriga Nacional. Cor de rosa aberta, reflexos dourados. Aromas florais e de morangos silvestres. Boca de cereja madura, a que se juntam notas cítricas de limão, dá muito prazer a beber e termina longo e salino, surpreendente. Prato: blanquete de vitela.

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Vinho: Quinta do Quinto Tejo branco 2019 (13%) | Esc. Sup. Agr. Santarém


Classificação Omnívoros: 86

PVP: 2 euros

100% Chardonnay, solos calcários pardos. Cor palha citrina. Floral e tropical no nariz, evoca ananás e manga verde. A boca é poderosa e salina, sugestões de líchias e natas batidas. Viaja devagar para terminar complexo e equilibrado. Prato: pão-de ló de Margaride (seco e forno de lenha).


Vinho: Quinta do Quinto Tejo rosé 2019 (13%) | Esc. Sup. Agr. Santarém


Classificação Omnívoros: 77

PVP: 2 euros

100% Aragonês. Cor de pétala de rosa muito ligeira. Aroma de cereja madura, num fundo de morangos e raspa de laranja. Boca rica em notas de morangos silvestres e alperce maduro. Final médio e equilibrado. Prato: spaghetti carbonara.


Vinho: Casa Ferreirinha Quinta da Leda Douro tinto 2017 (13,8%) | Sogrape

Classificação Omnívoros: 94

PVP - 34 euros

Uma vinha do Douro Superior que dispensa apresentações. Cor retinta, tinta-da-china. Aromas florais - violetas - e especiados - gengibre e noz-moscada. Entrada de boca incrivelmente equilibrada, característica dos grandes vinhos, este fica muito tempo como que a ganhar balanço para a viagem para que nos arregimenta, depois aí vamos. Festival tranquilo de ameixa cozida, trufas e cogumelos. Final de boca etéreo, chocolate preto e folha de tabaco. Viagem interminável porque não resistimos a continuar a beber este vinho perfeito. Prato: perdiz albardada.


sábado, 22 de agosto de 2020

Vinho: Paço de Teixeiró Avesso Verde branco 2018 (12,5%) | Montez Champalimaud


Classificação Omnívoros: 87

PVP: 14 euros

100% Avesso. Cor amarela dourada, nariz de flores silvestres e vagem de ervilhas. A boca é dominada inicialmente por notas de toranja, dando lugar a nêspera e dióspiro, num bom equilíbrio entre acidez e estrutura. Fim de boca salino e fresco, vinho com bons anos ainda pela frente. Prato: Pregado frito com alcaparras.


sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Vinho: Quinta de S. Sebastião Dona Aninhas Reserva Lisboa rosé 2019 (12%) | Quinta de S. Sebastião

 

Classificação Omnívoros: 89

PVP: 15 euros

Vinhas velhas de Touriga Nacional, Merlot e Castelão, este proveniente de uma vinha de 450 metros de altitude. Início da fermentação em inox, terminada em barricas usadas de carvalho francês, onde depois estagiou. Cor rosa alaranjada, reflexos rubi. Aromas cítricos e florais, na boca revela impressões terrosas de cogumelos frescos que se vêm juntar ao património de bagas de arbusto que marcam o tronco central de sabor deste rosé especial. Final longo e muito fino. Prato: Ovos escalfados com trufas.

Vinho: Vale da Mata Lisboa branco 2019 (12,5%) | Rocim

 

Classificação Omnívoros: 87

PVP: 9 euros

Arinto, Vital e Viosinho. Amarelo aberto na cor, apresenta aromas iniciais de raspa de lima, madressilvas e pimenta branca. Na boca mostra ameixa branca madura, infusão de jasmim, num conjunto coeso e equilibrado, com acidez bem trabalhada e um grupo tânico a fazer-se sentir. Evolui devagar e termina salino, sem perder a força. Prato: Arroz de marisco.

sábado, 15 de agosto de 2020

Vinho: Carmim Tarefa Alentejo tinto 2019 (13,5%) | Carmim


Classificação Omnívoros: 87

PVP: 12,5 euros

Alicante Bouschet, Castelão e Moreto.Tarefa é um recipiente de barro de pequena dimensão tradicionalmente utilizado para armazenar produtos tradicionais. Cor granada translúcida. Aromas muito especiados, com pez e cravinho a sobrepor-se, ginja madura a impor-se. Comprimento inesperado, pleno de complexidade, termina em pimenta preta e gengibre, sempre em elegância. Prato: alcatra à acoriana.


Vinho: Quetzal Verdelho Alentejo branco 2018 (13%) | Quinta do Quetzal


Classificação Omnívoros: 86

PVP: 20 euros

100% Verdelho. Amarelo forte na cor, nariz de rama de tomate e vagem de ervilhas. Boca de ameixa branca, notas salinas de pevide seca de abóbora. Final longo, sugestões especiadas de pimenta branca e noz-moscada. Prato: Bacalhau assado no forno.

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Vinho: Casa Amarela Selection Km 17 Douro tinto 2017 (14%) | Laura Regueiro


Classificação Omnívoros: 84

PVP: 17 euros

Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca. Fermentação e estágio em barricas novas de carvalho francês. Aromas de fruta de caroço cozida e raspa de laranja. Na boca há impressões de ameixa preta madura, pimenta preta e esteva, comprimento longo e rico, final ligeiramente salino. Prato: Pato assado no forno com hortelã.

Vinho: Casa Amarela Grande Reserva Douro branco 2018 (13%) | Laura Regueiro


Classificação Omnívoros: 91

PVP: 35 euros

Viosinho, Rabigato e Malvasia Fina. Fermentação e estágio em barricas novas de carvalho francês. Cor amarela dourada, aromas de ameixa branca, nêspera e noz-moscada. Na boca mostra-se vibrante, ainda um pouco dominado pela madeira, notas de caruma verde de pinheiro e casca de melão. Final longo, a despertar especiarias, cravinho, pimenta branca e estragão francês. Prato: tripas à moda do Porto.


quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Vinho: Prova Régia Arinto Lisboa branco 2019 (12,5%) | Sogrape


Classificação Omnívoros: 79

PVP: 5 euros

100% Arinto. Amarelo palha forte na cor, aromas florais e cítricos. Na boca, notas de toranja, figo em compota e mel. Comprimento médio, com final rico e guloso. Prato: Gelado de limão.


Vinho: Quinta de Chocapalha Arinto Lisboa branco 2019 (12%) | Soc. Agr. Mimosas


Classificação Omnívoros: 88

PVP: 8,50 euros

100% Arinto. Cor amarela palha ligeira. Aromas de vagem de ervilhas, raspa de lima e flor de laranjeira. Boca vibrante, de ameixa branca e tomate maduro, com a benção da acidez sempre presente e a dar vida ao conjunto. Final longo e fino. Prato: ceviche de peixe.


Vinho: Casa Amarela Reserva Douro branco 2019 (13,5%) | Laura Regueiro


Classificação Omnívoros: 86

PVP: 13 euros

Viosinho, Rabigato e Malvasia Fina. Fermentação e estágio em barricas novas de carvalho francês. Cor amarela pálida, aromas de raspa de toranja e nêspera madura. Na boca, entrada cítrica acentuada, notas de vagens frescas e rama de tomate. Final médio com apontamentos salinos. Prato: bacalhau à lagareiro.

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Vinho: Quinta da Extrema Edição II Douro branco 2017 (12,5%) | Colinas do Douro


Classificação Omnívoros: 92

PVP: 29,50 euros

Cor amarela esverdeada. Aromas cítricos pronunciados, toques florais de madressilvas. A prova de boca começa por mostrar pedra molhada, notas salinas e de chocolate branco, evoluindo em toada vagarosa para um final de dióspiro, ameixa branca, e tâmaras secas, de grande complexidade. Prato: Galo estufado com trufas.


Vinho: Quinta da Extrema Reserva Douro branco 2018 (12,5%) | Colinas do Douro


Classificação Omnívoros: 87

PVP: 13 euros

Vinhos de transição xisto-granito, a 640 metros. Cor amarela dourada. No nariz mostra notas de figo fresco e flor de jasmim. Na boca pronunciam-se notas terrosas de cogumelos frescos, a que se juntam impressões de melão maduro e folha de eucalipto. Final médio e seco, intenso no sabor. Prato: risoto de cogumelos.

Vinho: Colinas do Douro Superior Douro branco 2019 (13,5%) | Colinas do Douro


Classificação Omnívoros: 78

PVP: 6 euros

Viosinho (50%), Gouveio (40%) e Moscatel Galego Branco (10%). Vinhas a 300 metros. Fermentação em inox, estágio nas borras finas. Cor amarela aberta, aromas de ameixa branca madura, impressões cítricas ligeiras. Boca de alperce maduro, comprimento médio, final frutado e ligeiro. Prato: peixe grelhado.


segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Vinho: Herdade Barranco do Vale Reserva Castelão Algarve tinto 2018 (13,5%) | HBV


Classificação Omnívoros: 89

PVP: 9 euros

100% Castelão. Cor carmim carregada, translúcida, reflexos rubi cristalinos. Aromas de ameixa seca e tomate de rama, impressões de talos verdes de aipo. Boca de ameixa preta, notas terrosas de trufa preta e beterraba.. Comprimento médio, final equilibrado. Está aqui um dos melhores castelões actualmente disponíveis no mercado. Prato: lebre com feijão branco.

Vinho: Herdade Barranco do Vale Algarve Reserva rosé 2019 (12,5%) | HBV


Classificação Omnívoros: 83

PVP: 9 euros

100% Negra Mole. Cor rosada nacarada. Explosão cítrica no nariz, complementada por impressões de caruma verde de pinheiro. Na boca o registo cítrico permanece, surgindo também notas de mirtilos e figos frescos que engrandecem a experiência. Não agrada a todos mas é um rosé belíssimo e francamente original. Prato: Spaghetti carbonara. 

domingo, 9 de agosto de 2020

Vinho: Herdade Barranco do Vale Reserva Sauvignon Blanc branco 2019 (13%) | HBV


Classificação Omnívoros: 87

PVP: 10 euros

100% Sauvignon Blanc. Cor amarela forte. Aromas de vagem verde de ervilhas e rama de tomate. A prova de boca surpreende pelas tonalidades terrosas e salinas que mostra. Cogumelos frescos e algas animam o percurso longo e muito fino de sensações, terminando salino e rico. Prato: Robalo no forno com algas.


Vinho: Herdade Barranco do Vale Reserva Viognier branco 2019 (13,5%) | HBV


Classificação Omnívoros: 88

PVP: 10 euros

100% Viognier. Cor amarela dourada, no nariz impressiona o bouquet de flores do campo e madressilvas, concentrado de pólen. A boca é dominada por maravilhosas notas de alperce maduro e raspa de toranja. Final longo e muito fino. Prato: ceviche de corvina.


Vinho: Herdade Barranco do Vale Chardonnay Reserva branco 2019 (13%) | HBV


Classificação Omnívoros: 86

PVP: 10 euros

100% Chardonnay. Cor amarela carregada. Aromas de líchias e diospiro verde. A boca revela o património da casta, em particular natas batidas e queijo parmesão. Frescura bem afinada, assente numa acidez de certa forma inesperada, dadas as latitudes em que nos encontramos.Termina longo e salino. Prato: Lasanha à bolonhesa.


sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Vinho: Hasso Douro tinto 2018 (13%) | Krannemann


 Classificação Omnívoros: 87

PVP: 8 euros

Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca e Tinta Barroca. Cor granada profunda. Aromas florais e cítricos, raspa de toranja. Na boca mostra fruta de caroço cozida, juntamente com impressões balsâmicas de esteva. No prolongamento de prova, notas de chocolate preto, final longo e equilibrado. Prato: Steak au poivre.


Vinho: Vicentino Pinot Noir Alentejo tinto 2019 (12,5%) | Frupor


Classificação Omnívoros: 92

PVP: 10 euros

100% Pinot Noir, sem madeira. Cor vermelha aberta ligeiramente nacarada, reflexos rubi cristalinos. Aromas de cereja madura e flores silvestres. Boca cítrica com notas de amoras e pistácio. Persistência surpreendente, bom equilíbrio entre estrutura e acidez, criando frescura apreciável, final longo, a terminar salino. Prato: Caldeirada de bacalhau.


Vinho: Taboadella Grande Villae Dão tinto 2018 (14%) | Taboadella

Classificação Omnívoros: 91

PVP: 59 euros

Cor granada profunda. Aromas muito florais e pronunciadamente minerais, ambas as notas confirmadas depois na boca, que é leve, equilibrada e muito elegante, a estrutura bem urdida e a acidez correctamente trabalhada. Final muito longo e fino. Prato: Perdiz com castanhas.


Vinho: Taboadella Reserva Touriga Nacional Dão tinto 2018 (13,5%) | Taboadella


Classificação Omnívoros: 85

PVP: 16 euros

100% Touriga Nacional, solo granítico e arenoso. Cor granada profunda, aromas florais a violetas e cítricos, a evocar laranja amarga. Na boca mostra taninos macios e redondos. madeira bem integrada. Evolui depressa, com notas de pimenta preta e alcaçuz. Prato: Vitela assada no forno.


Vinho: Taboadella Reserva Alfrocheiro Dão tinto 2018 (14%) | Taboadella


Classificação Omnívoros: 88

PVP: 16 euros

100% Alfrocheiro, vinha a 490 metros, solo granítico e arenoso. Cor rubi aberta, translúcida. Nariz de cogumelos frescos, cereja madura e noz-moscada. Na boca está ainda um pouco dominado pela madeira mas já se lhe sente boa frescura. Final longo e especiado. Prato: Pregado assado com alcaparras.



quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Quinta dos Montes Parcela N.º 5 Douro tinto 2017 (14%) | Quinta dos Montes


Classificação Omnívoros: 93

PVP:  65 euros

Parcela de 0,61 ha, maioria das cepas com mais de 100 anos, foram identificadas 23 castas. Uvas vinificadas com 5% de engaço em barricas usadas de carvalho francês, e aí estagiou ao longo de 20 meses. Cor rubi forte, com alguma translucência. Aromas de raspa de toranja e caruma verde de pinheiro, na boca é de uma leveza e equilíbrio impressionantes. A definição de frescura, é o que apetece dizer. Evolui muito devagar , para terminar longo e salino. Grande vinho. Prato: Pato com laranja.


Vinho: Quinta do Isaac Douro tinto 2015 (14%) | Quinta do Isaac


Classificação Omnívoros: 87

PVP: 45 euros

Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Sousão. Estágio de 20 meses em barricas de carvalho francês. Cor granada profunda, aromas de violetas, raspa de lima e bagas de arbusto maduras. Na boca ganham preponderância as notas terrosas de trufa preta e vagem de ervilhas, criando um conjunto harmonioso e elegante. Final longo e equilibrado, ligeiramente cítrico. Prato: Cabrito assado no forno.


Vinho: Taboadella Reserva Jaen Dão tinto 2018 (14%) | Taboadella



Classificação Omnívoros: 84 
PVP: 16 euros 
100% Jaen, vinha a 530 metros. Cor rubi carregada, quase opaca, aromas de amoras e mirtilos em fundo floral agradável. Boca com notas salinas, ameixa madura e chocolate de leite. Comprimento apreciável, boa frescura. Prato: Perdiz com molho vilão.

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Vinho: Taboadella Grande Villae Dão branco 2018 (14%) | Taboadella

Classificação Omnívoros: 96
PVP: 38 euros
Cor amarela dourada, aromas de nêspera madura e abacate. Na boca é uma poderosa evocação dos clássicos de Meursault, na Borgonha, que conseguem apresentar taninos muito finos, acidez penetrante e no conjunto são copiosos nos grupos citrino e terroso, forte evocação de trufas e cogumelos frescos. Madeira impercetível mas estruturante no conjunto, aqui vai a vénia para um novo grande branco nacional. Prato: Capão à Freamunde.

Vinho: Taboadella Reserva Encruzado Dão branco 2018 (13,5%) | Taboadella

Classificação Omnívoros: 93
PVP: 16 euros
100% Encruzado, vinha a 530 metros de altitude, solos de granito. Cor amarela dourada, aromas de salsa, pêra verde e pepino. Forte presença de pirasina na boca, grupo de amargos muito interessante, a que se juntam notas salinas e fumadas. Equilibrado, termina longo e poderoso. Prato: Queijo Serra da Estrela.

Vinho: Taboadella Villae Dão branco 2019 (13,5%) | Taboadella

Classificação Omnívoros: 90
PVP: 10 euros
Encruzado, Bical e Cerceal, sem estágio em madeira. Amarelo pálido na cor, aromas de flores de campo, infusão de jasmim e mel. Na boca mostra maçã verde e vagem de ervilhas, conjunto harmonioso de grande classe a evoluir vagarosamente, para um final salino e equilibrado. Prato: Ensopado de borrego.

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Vinho: Quinta da Lapa Nana Reserva Tejo tinto 2016 (14%) | Agrovia

Classificação: 84
PVP: 9 euros
Touriga Nacional, Castelão e Alicante Bouschet. Cor carmim carregada, aromas de bagas de arbusto entrecortados por raspa de laranja. Na boca mostra ameixa preta cozida, chocolate preto na entrada, notas salinas, final longo e equilibrado. Prato: Cozido à portuguesa.

Vinho: Quinta da Lapa Alvarinho Tejo branco 2018 (12%) | Agrovia

Classificação Omnívoros: 81
PVP: 7 euros
100% Alvarinho. Cor amarela dourada, aromas florais e cítricos, na boca o registo é sobre a compota de pêssego e chocolate branco. Final médio, com sugestões de lima. Prato: Arroz à valenciana.

Vinho: Quinta da Lapa Retro Fernão Pirão branco 2019 (13%) | Agrovia

Classificação Omnívoros: 90
PVP: 9 euros
Uvas sobremaduras de Fernão Pires, a evocar um vinho da tradição ribatejana. Trata-se de um vinho de curtimenta, em que as películas e as grainhas permaneceram no mosto ao longo da fermentação, resultando numa estrutura mais estável e num vinho mais complexo. Cor amarela alaranjada bastante carregada, aromas de diospiro e alperce maduro. Na boca, evoca compota de marmelo com mel em segundo plano, e tem um comprimento apreciável, terminando longo e ligeiramente salino. Prato: Açorda de marisco.

Vinho: Somnium Douro tinto 2017 (13,5%) | Wine Drops


Classificação Omnívoros: 92
PVP: 20 euros
Vinhas velhas, mistura de castas tradicionais do Douro. Cor granada profunda, aromas balsâmicos e florais intensos, a criar uma atmosfera que logo mostra ameixa preta cozida e impressões especiadas de noz-moscada. A boca revela uma estrutura bem urdida e estável, acidez bem trabalhada, resultando em frescura agradável. Final muito longo e fino. Prato: Magret de pato.

Vinho: Quinta da Lapa Reserva Touriga Nacional Tejo tinto 2016 (14%) | Agrovia

Classificação Omnívoros: 87
PVP: 16 euros
Cor granada profunda. Nariz floral, com notas de raspa de toranja. Na boca é copioso, a mostrar fruta de caroço confitada e notas de laranja em chocolate. Evolui vagaroso, para um final fino e elegante. Prato: Alcatra à açoriana.

Vinho: Quinta da Lapa Homenagem Sta. Teresa d’Ávila Reserva Tejo tinto 2015 (14%) | Agrovia

Classificação Omnívoros: 85
PVP: 19 euros
Cor granada carregada, aromas de ameixa preta cozida e pimenta rosa. A boca mostra chocolate de leite, ginja e alcaçuz. Final médio, com notas balsâmicas de esteva. Prato: Risoto de cogumelos.