domingo, 4 de agosto de 2013

Dois putoffs da prova de azeites



Simples, muito simples, estes dois pontos que põem fora de jogo o diletante dos azeites.

1. A côr não tem qualquer importância. Pois é, os que gostam de dizer que gostam muito do azeite transmontano, de cor verde, bem carregado, podem trocar cromos com os que gostam deles amarelos, douradinhos. A côr não pinta nada no quadro das características do azeite. É por isso que a prova é feita em gobelets de vidro escuro, para que apenas o aroma e o sabor - em tempos separados, já agora - contem na avaliação de cada azeite. Já viram o que isto faz à expressão "ouro líquido"?!

2. É impossível sentir a acidez de um azeite. O nosso sistema organoléptico não nos permite "provar" a acidez de um azeite. Temos receptores no nosso sistema para o picante e para o amargo, mas não para a acidez do azeite. É preciso não confundir com a acidez de um vinho. É chato mas é mesmo assim; não conseguimos.

Ora, sem descritores de côr nem notas sobre a acidez, por que há-de um provador de vinhos ser um bom provador de azeites. Não é, nem pode ser. Tem de se treinar e trabalhar muito até conseguir provar correctamente.

É assim a vida!

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